terça-feira, 31 de maio de 2022

Notas de corte para ingresso em cursos de Arquivologia estão na média nacional, mas ainda são baixas

Um levantamento realizado pelo portal Quero Bolsa – que acompanha os dados a respeito do Sistema de Seleção Unificada (SISU) – mostra que, em 2021, as notas de corte para ingresso nos cursos de Arquivologia das universidades brasileiras mantiveram-se na média nacional, mas ainda são bastante baixas.

De acordo com o levantamento, a nota média obtida por candidatos ingressantes em cursos de Arquivologia no SISU do ano passado foi de 586.59 pontos, número superior à media nacional (que é de aproximadamente 500 pontos). A nota, no entanto, é considerada baixa e coloca os cursos de Arquivologia entre os de ingresso mais fácil – atrás de graduações como Gestão Pública, Ciências Contábeis e Biblioteconomia, entre outras.

A maior nota de corte obtida por um ingressante de Arquivologia foi registrada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com 637.75 pontos. Depois da UFRGS, seguem UFF (623.96), UFMG (619.24), UFES (614.86), UNIRIO (612.16), UFSC (608.98),  UFBA (584.83), UEL (580.4), UEPB (550.08), UFPB (537.72) e UFSM (535.8). A menor nota foi registrada na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com 533.25 pontos.

Na prática, as notas de corte fornecem duas informações importantes sobre a procura e o público que cursa Arquivologia no Brasil. A primeira, é de que os cursos de Arquivologia continuam entre os menos procurados entre os estudantes; a segunda, é de que os ingressantes destes cursos são, em média, discentes com desempenho escolar prévio apenas mediano, uma dificuldade a mais a ser enfrentada pelos cursos de formação. Cabe lembrar que uma nota de corte média de 586.59 pontos significa que, em uma escala geral, o aproveitamento regular destes estudantes em seus ciclos prévios de estudos (vida escolar) é de menos de 60%.

Além disso, com os impactos da pandemia e da virtualização do ensino, é possível que todas as notas de corte do Sistema de Seleção Unificada sofram rebaixamento, um agravante a mais para os níveis de aprendizado já acanhados da maior parte dos ingressantes de Arquivologia. E um enorme desafio para professores e instituições de ensino de todo o país.

Fonte: Giro da Arquivo #181



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